Um prêmio nada honroso
por Mateus Fagundes
No início de 2012, a Vale foi eleita a Pior Empresa do Mundo pelo “Public Eyes People’s”, com mais de 25 mil votos de um total de 88 mil. De acordo com o site do “prêmio”, que é conhecido como o “Oscar da Vergonha”, a empresa tem uma “história de 70 anos manchada por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho, pilhagem do patrimônio público e pela exploração cruel da natureza”.
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Como resposta ao prêmio, a Vale lançou um site em que expressa seu posicionamento em relação às acusações dos organizadores do Public Eye e trata também de outras polêmicas. A empresa argumenta que no ano de 2011 investiu US$ 1,5 bilhão em projetos sociais e ambientais e que “a atividade mineradora gera impactos e, por isso, atua de forma a controlá-los e reduzi-los.”.
O Oscar
A premiação é divulgada no Public Eye, um encontro organizado pelas ONGs Greenpeace e Declaração de Berna e que acontece simultaneamente ao Fórum Econômico Mundial. Ela é concedida desde 2005 a empresas que causam impactos sociais e ambientais negativos com suas atividades. As companhias são indicadas por associações de todo o mundo e a votação é aberta ao público pelo site do encontro.
A Vale foi a primeira – e por enquanto única – empresa brasileira a receber o prêmio. Já venceram nesta categoria a mineradora AngloGold Ashanti (2011), os laboratórios Roche (2010) e Novartis (2007) e as petrolíferas Shell (2005) e Chevron (2006), entre outras companhias.
Em 2013, são indicados para o prêmio o grupo Alstom, da França, a empresa de segurança G4S, da Inglaterra, o banco Goldman Sachs e a Shell, dos Estados Unidos, a companhia de energia Repower, da Suíça, e as mineradoras Coal India, da Índia, e Lonmin, da Africa do Sul.
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