Entrevista: Marco Antônio Tavares Coelho

February 4th, 2013Trilha do minérioNenhum comentário »

Autor do livro “Rio Doce: a espantosa evolução de um vale”, jornalista dedica sua carreira à defesa de interesses nacionais

Marco Antonio Tavares Coelho

Marco Antônio Tavares Coelho pesquisa o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. (Imagem: Reprodução de entrevista ao site Brado Retumbante)

por Mateus Fagundes

A região do vale do Rio Doce deve aos bens minerais parte de seu desenvolvimento. Não que o local tenha um solo rico em ferro ou ouro. Mas se a sua colonização demorou mais de três séculos, foi porque as minas de ouro no centro do estado demandavam toda a atenção da coroa portuguesa. O caudaloso rio era visto como um potencial local de fuga de sonegadores de impostos. Já no século 20, a ocupação se consolidou com a construção da Estrada de Ferro Vitória a Minas, feita para escoar minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero. Hoje, a região se destaca como polo de grandes indústrias, como a Vale e a Usiminas.

capa rio doce

Capa do livro “Rio Doce: a espantosa evolução de um vale”, editora Autêntica.

Este processo de ocupação e as questões que envolvem a região são o mote do livro “Rio Doce: a espantosa evolução de um vale”, escrito pelo jornalista Marco Antônio Tavares Coelho e lançado em 2011. Nascido em Belo Horizonte, em 1926, o autor dedicou parte de sua vida à defesa do patrimônio nacional. Advogado por formação, militou desde jovem no Partido Comunista Brasileiro. Eleito deputado federal em 1962 pelo estado da Guanabara, foi cassado, preso e torturado pelo Regime Militar. Trabalhou em diversos jornais em Belo Horizonte, São Paulo e Goiânia.

Além de “Rio Doce”, Marco Antônio traz na bagagem outros três livros. Em “História de um sonho”, apresenta suas recordações de militância. “Rio das Velhas – memória e desafios”, fala sobre o curso d’água que banha a Região Metropolitana de Belo Horizonte. E “Os descaminhos do São Francisco”, trata das polêmicas envolvendo a sua transposição.

Nesta entrevista à Revista Dois Pontos, ele conta como foi o processo de construção do livro “Rio Doce” e da importância social e econômica da ocupação da região desse vale para Minas Gerais.

Marco Antônio Tavares Coelho explica como a coroa portuguesa deixou em segundo plano a ocupação do vale do Rio Doce.

Neste trecho, ele fala sobre as duas barreiras para o ocupação da região: os índios botocudos e a densa mata atlântica.

No começo do livro “Rio Doce: a espantosa evolução de um vale”, Marco Antônio Tavares Coelho narra a história dos antigos habitantes da região: os índios botocudos. Ouça neste trecho a explicação para esta escolha.

O jornalista aborda a influência entre a descoberta de minério de ferro no centro do estado de Minas Gerais e a colonização da região.

A relação dos mineiros com o trem é o tema deste trecho da entrevista.

Marco Antônio Tavares Coelho explica a disputa entre os estados de Minas Gerais e São Paulo em torno da criação de uma grande siderúrgica, nos anos 1950.

A privatização da Companhia Vale e da Usiminas é o assunto deste trecho da entrevista.

O jornalista comenta a importância da preservação das riquezas minerais e naturais do estado de Minas Gerais.

Defensor das riquezas do país, Marco Antônio dá sua opinião sobre o aumento das taxas de compensação pela exploração mineral.

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